FÁBRICA da Hemobrás é um dos grandes aportes que estão em andamento
O relatório apresentado ontem em Goiana propôs soluções e melhorias, levantadas, em alguns casos, pelos próprios moradores. Em todos os casos, as ideias são de reformas ou de criação de políticas públicas. De acordo com o presidente da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), Rômulo Maciel Filho, isso acontece porque o objetivo do estudo é subsidiar a gestão municipal de dados e, com isso, colaborar para que a cidade seja beneficiada com o crescimento socioeconômico que está ocorrendo no município.
Para o eixo de Meio Ambiente e Infraestrutura, por exemplo, foram pontuadas a estruturação dos órgãos municipais responsáveis pelo controle urbano e ambiental, da atualização da legislação ambiental municipal e do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano. Já para a Saúde, são consenso a ampliação da cobertura das Equipes de Saúde da Família, a implantação de novas unidades e a reestruturação das existentes. Também foram discutidos os temas de Cultura e Turismo Cultural, Educação e Assistência Social.
“São só políticas públicas. Hoje, as nossas empresas gastam muitos recursos com a responsabilidade social, mas cada uma cuida só da sua pressão. Se juntássemos esses grandes atores para definir alguns pontos em comum para atuar, com certeza, daqui a dez anos, teríamos uma Goiana com outra aparência”, ressaltou a professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e sócia da Ceplan, Tânia Bacelar.
“Não entendemos que é responsabilidade da empresa resolver esses problemas”, refutou Maciel Filho. “Valorizamos a responsabilidade socioambiental e sabemos que temos compromisso com o meio ambiente e, nesse sentido, nosso papel foi oferecer esse estudo”, explicou. Diante de todas as dificuldades apresentadas no relatório, o presidente afirmou que a escolha da cidade para abrigar a estatal, que hoje segue com 30% de suas obras concluídas e deve chegar em 80% até o fim do ano, foi uma questão de política. “Se fôssemos olhar essas questões objetivas não investiríamos no Nordeste. Mas, desde 2004, o Governo Federal vem tentando descentralizar os investimentos no País”, afirmou.
Fonte: Folha PE