Nem carne nem peixe, o encontro entre PSB e PSDB

O encontro de Eduardo Campos (PSB) com Aécio Neves (PSDB), ocorrido 30 dias do prazo fatal para troca e filiação partidária, desencadeou o processo de desmame do PSB do Governo.
Mas quem tomará a iniciativa de oficializar o rompimento: Dilma afastando os ministros do partido ou o governador entregando os cargos?
A primeira hipótese tende a ser a mais provável. Raposa política da doutrina arraesista, Eduardo tende a forçar que Dilma jogue a toalha e promova as demissões, porque ficará com o discurso de vitimado, tudo que precisa, neste momento, para atrair apoios e crescer na opinião pública.
A presidente já definiu janeiro como data-limite para que ministros-candidatos cortem o cordão umbilical com o Planalto. O PT abaixa a cabeça feito lagartixa, mas cobra tratamento diferenciado ao PSB: degola-já.
Por Dilma, os ministros socialistas, incluindo comandantes de estatais, como a Chesf, já teriam sido fuzilados há muito tempo.
A presidente não tem nenhuma dúvida da candidatura de Eduardo ao Planalto. Mas Lula, o conselheiro-mor de Dilma, ajuda a esticar a corda, não se sabe por que ainda não acredita no projeto presidencial do pernambucano ou se aposta em outra estratégia.
A de que, estando amarrado ao Governo pelos cargos, o PSB não consegue dar um passo à frente, depositando na população a confiança de que Eduardo é candidato. Ambas as leituras têm lógica.
Provavelmente em razão da segunda assertiva, o candidato do PSB não cresce nas pesquisas como acontece com Marina Silva e até o tucano Aécio. Nos tempos atuais, de depuração dos políticos, ninguém pode mais o encobrir o manto: ou é carne ou peixe.
REAÇÃO CHAPA-BRANCA– Em Petrolina, o deputado Fernando Filho (PSB) diz que o prefeito Júlio Lóssio (PMDB), cassado por abuso do poder econômico, promoveu uma manifestação chapa-branca para vender a versão de que a população está solidária a ele. “Assistimos a uma passeata recheada de servidores que ocupam cargos de confiança no Governo”, afirma Fernando, para quem Lóssio quer vencer pelo discurso de vítima.
Apagão socialista – Os petistas dizem que Eduardo não pode dar um pio em relação ao apagão do Nordeste, porque o blecaute se deu no sistema operado pela Chesf, comandada pelo PSB. “O apagão não é do PT nem de Dilma, mas do PSB”, ironiza um parlamentar petista irado com as recentes declarações do governador bombardeando Dilma.
Lama pura– Já que o governador e o ministro Fernando Bezerra (Integração) estarão, hoje, em Calumbi, no Sertão, para entrega de mais uma etapa da Adutora do Pajeú, bem que poderiam dar um pulinho em Afogados da Ingazeira para conferir de perto a dramática situação da barragem de Brotas. O manancial, de 26 milhões de metros cúbicos de água, virou um lamaçal.
Faz-de-conta– Em Serra Talhada, o ex-prefeito Carlos Evandro (sem partido) está a um passo do rompimento com o prefeito Luciano Duque (PT). Mas jura que não e sustenta uma relação faz-de-conta. Entretanto, já está fora do governo Socorro Brito, sua esposa, que era uma super-secretária. E nos próximos dias auxiliares ligados à gestão passada serão literalmente triturados.
Escravidão no Agreste – Servidores da saúde em Águas Belas, no Agreste, paralisam suas atividades hoje e amanhã, porque deixaram de receber seus salários em dia. A gestão do petista Genivaldo Menezes é ditatorial. Permite que a secretária de Saúde, Ana Cláudia Mendonça, trate médicos, enfermeiros e demais profissionais da área como se fossem escravos.
CURTAS
E A FAMEG?– Na entrevista que concedeu a Ratinho, no SBT, o governador se vangloriou de ter aberto faculdades de Medicina no Interior, ao dar sua opinião sobre o programa “Mais médicos”. Só esqueceu-se de informar também que, na sua gestão, permitiu o fechamento de uma bela unidade de Medicina – a de Garanhuns (FAMEG).
ROMPIMENTO– O prefeito de Custódia, Luiz Carlos Gaudêncio, sofreu mais uma baixa na sua base de sustentação na Câmara Municipal: Gilberto de Belchior entregou a liderança do governo e rompeu. Recentemente, os vereadores Zé Neto e Paulino Avícola também passaram a fazer oposição ao prefeito.
Perguntar não ofende: O prefeito de Petrolina consegue reverter a cassação no Tribunal Superior Eleitoral?
'Não presumas do dia de amanhã, porque não sabes o que ele trará'. (Provérbios 27-1)

Fonte: MAGNOMARTINS

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