Uma jovem de 13 anos suspeita de tentar matar a mãe envenenada, em Goiânia, confessou para os policiais que colocou veneno na água, mas jura que não tinha a intenção de matar a mulher, que sobreviveu. “Não era para ela morrer não. Era só para dormir. Não queria que ela morresse”, afirmou a jovem. Além dela, uma amiga de 14 anos também foi apreendida pelo crime.
O envenenamento ocorreu no último domingo (20). A mãe, de 34 anos, que não quis se identificar, acredita que a filha a tentou envenenar porque a proibiu de ir a uma festa no último fim de semana. A garota foi apreendida pela Polícia Militar no última quarta-feira (23), na casa de um parente. Ao ser abordada por policiais, a adolescente confessou que cometeu o crime.
Na quinta-feira (24), o Juizado encaminhou à Justiça um pedido de internação das duas adolescentes.
A vítima concorda com a punição às adolescentes. “É filha minha, errou, tem que pagar. Eu não quero é que fique impune porque é de menor e pode sair matando. Isso não, eu quero é que a justiça seja feita”, afirma.
Envenenamento
Segundo a mãe envenenada, o fato ocorreu quando a garota colocou um tipo de veneno usado para matar ratos em uma garrafa com água. “Bebi dois goles de água. No terceiro, eu senti um pedaço de comprimido na minha boca. Foi quando eu cuspi a água e percebi que a água estava cor de rosa. Aí, eu pensei gente, eu não acredito que ela colocou alguma coisa na minha garrafa para eu dormir, não acredito”. Logo depois, ela encontrou veneno no guarda-roupa da filha.
A garota não aparecia em casa desde o dia do envenenamento. Na noite do último dia 23, a mulher foi avisada que a adolescente estava na casa de um parente distante e acionou a PM.
Na abordagem, a adolescente contou aos militares que tentou matar a mãe. “Uma frieza extrema. Nos meus 29 anos de trabalho, eu nunca vi nada igual, alguém fazer contra a mãe”, relatou o sargento Cícero José Lima.
Com as duas garotas, os policiais ainda apreenderam um celular que seria roubado. Elas foram encaminhadas para o 20º Distrito Policial, e depois transferidas à Delegacia de Apuração de Atos Infracionais de Goiânia (Depai).
A mulher, que tem mais quatro filhos, afirma que nunca desconfiou que a adolescente pudesse fazer isso. No entanto, ela espera que a menina seja responsabilizada pelo que cometeu. “Eu quero que ela pague pelo que ela fez. Ela e a amiga dela. Decepção, porque quem me conhece sabe que eu nunca fui má com ela. O que eu pude dar pra ela, eu dei”, lamenta a mãe.
Fonte: G1