Goiana: Wilfred Gadelha convida para o lançamento do livro Pesado

Ele está por aí desde os fim dos anos 1960, evoluiu e se subdividiu em diversas tendências. Apesar de não frequentar programas de rádios e TVs populares e viver altos e baixos, consegue manter uma fiel base de fãs apaixonados, em diversas partes do mundo. No estado, a cena local do heavy metal ganhou um importante registro. O livro PEsado – Origem e consolidação do metal em Pernambuco, do jornalista e vocalista dos grupos Cruor e Câmbio Negro, Wilfred Gadêlha, apresenta ricos detalhes sobre a formação do estilo por essas bandas e suas conexões com outras cenas, como o punk, o hardcore e o manguebeat. A obra será lançada, nesta terça (11), às 19h, no bar Rocket48, no Espinheiro, com sessão de autógrafos e audição de músicas de bandas locais.


Em suas 356 páginas, PEsado faz o leitor viajar pelos primórdios do metal no Recife. De meados dos anos 1970 - quando os poucos roqueiros da cidade se encontravam para ouvir discos de monstros do hard rock como Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple na Humberto Discos, até os dias atuais - quando muitos tiveram o sonho de ver bandas consagradas mundialmente (como Iron Maiden, Megadeth, Motörhead, Kreator, o próprio Purple, entre outras) se apresentarem na capital pernambucana. 

Para Wilfred, que já trabalhou na redação do Diario de Pernambuco, a ausência de textos que abordassem de forma mais profunda o metal pernambucano foi um dos principais fatores que o motivaram a escrever PEsado. “Livros como os de José Teles (Do frevo ao manguebeat) e Hugo Montarroyos (Devotos 20 anos) chegam a falar sobre o assunto, mas, sem desmerecer o trabalho de ambos, não detalhavam o que é a cena metal no Estado”, ressalta.

Pesado foi baseado no testemunho de mais de 150 músicos, produtores culturais, jornalistas, além de textos de jornais, fanzines, sites e na própria vivência do autor. A preocupação com aspectos históricos e sócio-econômicos, é algo que o torna relevante para quem se interessa pela formação e dinâmica de cenas musicais e não apenas para headbangers (fãs de metal). “Penso que qualquer pessoa pode ler e gostar do livro. Porque, na minha ótica, ele conta a história da cidade – ou das cidades, já que a gente fala sobre as subcenas de Caruaru, Surubim e Vitória de Santo Antão”, explica Gadêlha.

O vocalista-jornalista cita ainda, como embrião do seu livro, as pesquisas Transformações: a cena metal no Recife pós-mangue e Além da capital: música pesada no interior de Pernambuco, produzidas em conjunto com os sociólogos Daniela Maria Ferreira e Amílcar Bezerra, ambos da UFPE, e com o etnomusicólogo franco-lusitano Jorge de la Barre. “Ambas renderam, além do relatório, alguns vídeos com os entrevistados, toscamente editadas e dirigidas por mim. Daí, pegamos gosto e resolvemos inscrever o projeto do livro. Felizmente, a Fundarpe compreendeu o espírito do projeto e aprovou o livro”, conta.




Postar um comentário

Seu comentário será submetido a análise, se aprovador estaremos publicando-o em breve.

Postagem Anterior Próxima Postagem
Responsive Advertisementjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjj