Mudam-se os adversários, o estádio, mas o resultado continua o mesmo. O Santa Cruz não se curou dessa doença chamada empate. Os sintomas continuam o mesmo: erros de finalização e falhas defensivas. Pela sétima vez consecutiva nesta Série B, a equipe não conseguiu sair da igualdade no placar e ficou – pela sexta ocasião- no 1×1, agora contra o América/MG.
A diferença técnica entre Santa e América/MG era nivelada pelo estado ruim do gramado dos Aflitos. Conduzir a bola era um desafio para os dois lados, o que facilitava os desarmes e propiciava a tentativa de lançamentos longos. Com Carlos Alberto pelo lado direito e Pingo pelo esquerdo, o desenho tático coral em diversos momentos passou a ser o 4-3-3. O America/MG forçava as jogadas com Ricardinho nas costas de Nininho. Em uma delas, a bola chegou até Willians, que girou e chutou forte para ótima defesa de Tiago Cardoso.
Sem a presença dos torcedores, era possível ouvir claramente os atletas reclamando dentro de campo e as instruções dos treinadores. Os jogadores, no entanto, pareciam não seguir as orientações. O excesso de bate-rebate na entrada da área foi o sinal de que a primeira etapa caminhava mesmo para o placar zerado. O jogo fraco tecnicamente não empolgou nem os 16 torcedores que assistiram de camarote a partida em um salão de festas de um prédio próximo aos Aflitos.
Empolgação apenas aos 38 minutos. Nininho deu belo passe de calcanhar para Pingo. O cruzamento do atacante tinha destino para os pés de Léo Gamalho, mas a zaga cortou. Nem o juiz quis dar acréscimo na primeira etapa.
Logo no primeiro minuto do segundo tempo, o duelo entre Willians e Tiago foi reeditado. O meia saiu na cara do goleiro coral, que salvou com a ponta das luvas. Antes do América/MG se soltar na partida, o Santa aproveitou um contra-ataque e marcou o gol. Renatinho cruzou rasteiro, Pingo deu corta-luz e Danilo Pires chegou batendo de primeira sem defesas para Matheus.
Acostumado a tomar gols de empates poucos minutos depois, quase que o Santa repete a sina. Pablo arriscou de longe, Cardoso deu rebote e Obina concluiu para fora. Mesmo que inconscientemente, foi inevitável o recuo do Santa. E mais inevitável ainda foi o empate. Willians aproveitou cruzamento rasteiro para empatar o confronto.
Guedes foi para o tudo ou nada e colocou Caça-rato e Raul em campo, nas vagas de Danilo e Pingo. Para não perder o costume, os tricolores ainda reclamaram de um pênalti não dado em Léo Gamalho. O centroavante ainda foi substituído por Betinho. Nada que mudasse o final de uma história que persegue o Santa desde o início da competição. Mais um empate, mais um 1×1.
Fonte: Blog de Primeira