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Desembargador e presidente do TJPE, Frederico Neves, determinou retorno imediato da categoria ao trabalho
Foto: TJPE/Divulgação
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A confirmação da greve da Polícia Militar de Pernambuco na noite dessa quarta-feira (14) por tempo indeterminado foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). A declaração foi divulgada na manhã desta quinta-feira (15). De acordo com a assessoria de imprensa do TJPE, caso os policiais militares continuem com a paralisação, a associação será multada em R$ 100 mil por dia. A atitude foi tomada na noite dessa quarta (14) pelo desembargador e presidente da Casa, Frederico Neves, que determinou retorno imediato da categoria ao trabalho.
De acordo com a decisão, a segurança pública é considerada serviço essencial, por isso os policiais não poderiam decretar greve, colocando a população em situação de real risco.
Para tentar evitar saques, como os ocorridos em Abreu e Lima, e garantir a tranquilidade da população, agentes da Força Nacional de Segurança chegaram no Recife às 5h desta quinta-feira (15) e devem iniciar os trabalhos a partir das 10h. O ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, também deve vir nesta quinta (15) à capital pernambucana para uma reunião com o Governo do Estado.
Em entrevista à Rádio Jornal, o governador João Lyra Neto comentou a situação de Pernambuco. "Lamento profundamente o que insensatos líderes, ou pseudo-líderes estão fazendo o povo passar. Peço à população para entender o esforço que o o governo fez, mas infelizmente não foi compreendido por esses líderes", afirmou. "Nós temos limites de orçamento, limites fiscais, que definem o que pode ser gasto com pessoal, para que possamos criar reservas para investir em Pernambuco". Lyra disse, portanto, que o governo irá cumprir os aumentos já acordados em anos anteriores.
GREVE - Inicialmente, a pauta de reivindicações tinha 18 itens. Uma comissão de militares chegou a reduzir a pauta e elegeu como prioridade discutir o aumento do vale-refeição de R$ 150 para R$ 500 mensais, além da reestruturação do Hospital da Polícia Militar e a atualização do Plano de cargos e carreiras. Não houve acordo quanto aos reajustes.
De acordo com o presidente da Associação dos Militares Estaduais de Pernambuco (AME-PE), capitão Valdermir Assis, cerca de 80% da categoria aderiu à paralisação. Os PMs devem se reunir novamente nesta quinta-feira (15) em frente ao Palácio das Princesas, sede do governo, para tentar novas negociações.
Fonte: NE 10