Estudo entregue para licenciamento é de trecho entre o Cabo e São Lourenço
O Arco Metropolitano, megaobra do Grande Recife que atrasou sem ter começado, teve seu projeto reapresentado para licenciamento na semana passada. Os novos Estudo e Relatório de Impacto ambiental (EIA/Rima), entregues pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), são do lote 2 da rodovia, com 44 quilômetros da BR-101, no Cabo de Santo Agostinho, à BR-408, em São Lourenço da Mata. Ainda é possível que o trecho seja licitado este ano. O lote 1, com traçado indefinido entre a BR-408, em São Lourenço, à BR-101, na previsão otimista será licitado no primeiro semestre de 2015.
Toda a obra é orçada em R$ 1,34 bilhão. A primeira licitação do Arco saiu em dezembro, mas a concorrência foi suspensa pelo próprio DNIT. Faltavam documentos básicos como projeto e as licenças ambientais. Um novo prazo foi anunciado, até junho, mas o edital não saiu.
O projeto do Arco precisou ser em parte refeito, incluindo o EIA/Rima. “São mais de 700 páginas. Se não precisarmos parar a análise e solicitar mais informações, podemos emitir a licença prévia, que libera a licitação, até 24 de outubro”, diz Jost Paulo Reis, assessor especial da presidência da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). No período haverá audiência pública, com local ainda indefinido.
Novo relatório de impacto ambiental do Arco - Lote 2
O Arco é urgente para desviar da engarrafada BR-101 urbana o tráfego pesado que hoje sufoca a rodovia, um trânsito que só piora na medida que novas indústrias entram em operação, como o futuro polo automotivo de Goiana.
Os primeiros estudos do Arco são de 2008. Diante do custo da obra, na época R$ 1,7 bilhão, o Estado cogitou uma concessão rodoviária, projeto elaborado pela iniciativa privada e com licenciamento iniciado há um ano e meio – mas cancelado. Em abril de 2013, o DNIT assumiu o Arco, porém problemas nos direitos autorais do projeto de concessão restringiram os dados à versão antiga, de 2008, o que motivou uma volta a um estágio inicial dos estudos.
Sobre o lote 1, o DNIT vai submeter à CPRH ainda este mês uma nota técnica com possíveis traçados, para evitar mais perda de tempo no projeto.
Fonte: JC Online