Após cinco dias de paralisação, os bancários pernambucanos decidiram
retomar as atividades nesta terça-feira (07). O movimento, que se
espalhou por todo o País, finalizou com a aprovação da proposta
apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na sexta-feira
(03), que prevê aumento de 8,5% no salário – com ganho real de 2,02% – e
reajuste do piso em 9%, 2,49% acima da inflação. Aumento no
vale-refeição de 12,2%, no auxílio cesta-alimentação de 8,5% e melhorias
na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) também fazem parte do
pacote. Todos os valores devem ser pagos retroativo à data base da
categoria, 1º de setembro. Apenas os funcionários do Banco do Nordeste
(BNB) permanecem parados por tempo indeterminado.
Em relação ao período de suspensão das atividades bancárias, a Fenaban
propõe a compensação dos dias parados durante a greve. Será uma hora por
dia no período de 15 de outubro a 31 de outubro, para quem trabalha
seis horas, e uma hora por dia no período entre 15 de outubro e 7 de
novembro, para quem trabalha oito horas. A proposta apresentada
anteriormente era de aumento de 7,35% no salário e reajuste de 8% no
piso. Segundo o sindicato em Pernambuco, entre as principais
reivindicações dos bancários estão o reajuste salarial de 12,5% e a
valorização do piso para R$ 2.979,25, valor equivalente ao salário
mínimo calculado pelo Dieese.
Os bancários também reivindicaram ações que visam proteger o emprego,
acabar com a terceirização e melhorar as condições de trabalho e saúde,
como o combate às metas abusivas e ao assédio moral. Quanto aos últimos
itens, os bancos assumiriam o compromisso de incluir na Convenção
Coletiva de que a cobrança de metas seja feito com “equilíbrio, respeito
e de forma positiva”, além de realizar campanhas contra assédio sexual.
Após a proposta da Fenaban, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do
Ramo Financeiro (Contraf) havia orientado os bancários a encerrarem a
greve.
Fonte: Folha PE
Fonte: Folha PE