O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Herman Benjamin
determinou nesta sexta-feira (3) que um vídeo publicado na internet pelo
pastor Silas Malafaia seja retirado do ar por degradar a imagem da
presidente da República Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT. A decisão determina que o Google suspenda imediatamente a veiculação do vídeo.
O vídeo insinua que a petista apoiaria ações de grupos terroristas
islâmicos com o objetivo de assassinar cristãos. O pastor se refere às
críticas da presidente à operação dos Estados Unidos contra o grupo
Estado Islâmico na Síria. A intervenção bélica liderada por Washington
resultou na morte de 70 pessoas. Dilma disse lamentar “enormemente” o
fato. Depois, em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações
Unidas (ONU), no último dia 24, reiterou a posição ao condenar o uso de
intervenções militares para tentar solucionar conflitos bélicos.
“Lamento a omissão da fala da Presidente Dilma com os assassinatos em
massas de cristãos em 2013, que morreram 115 mil, e agora um grupo
terrorista facínora que ‘tá’ cometendo massacres a Presidente diz que
deve haver diálogo (sic)”, diz Malafaia no vídeo.
Segundo o ministro, o vídeo traz "imagens violentíssimas de verdadeiros atos de guerra praticados por supostos grupos extremistas".
Segundo o ministro, o vídeo traz "imagens violentíssimas de verdadeiros atos de guerra praticados por supostos grupos extremistas".
Na representação, a coligação Com a Força do Povo, liderada por Dilma,
sustenta que as manifestações do pastor configuram abuso do direito de
liberdade e ofendem direitos fundamentais.
Em decisão individual, o ministro concluiu que, ao tentar vincular a
declaração da candidata a um suposto apoio a grupos islâmicos
terroristas, Malafaia degrada a imagem de Dilma e incita hostilidade
entre grupos de religiões diferentes.
“Há grande distância entre o uso informativo, para fins eleitorais, de
falas e discursos de pessoas, algo mais do que legítimo, e a distorção
ou infidelidade proposital às palavras e ao pensamento de quem se ataca,
algo ilegítimo e ilegal”, destacou o ministro no seu voto.
Fonte: G1.Globo.
