Uma operação conjunta da Vigilância Sanitária do Recife, Ministério
da Agricultura, Ministério Público de Pernambuco, Agência de Defesa
Agropecuária de Pernambuco (Adagro), Delegacia do Consumidor e do
Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon-PE) foi
realizada na manhã desta quarta-feira (29), no Centro de Abastecimento e
Logística de Pernambuco (Ceasa). O objetivo da operação era tirar de
circulação os alimentos que estavam sendo comercializados de forma
imprópria para o consumo. Ao todo, foram vistoriados 11
estabelecimentos.
Um dos estabelecimentos, a Casa da Muçarela, foi interditado pela
Vigilância Sanitária. No local, foram encontrados alimentos fora da
validade, estragados e armazenados em temperatura inadequada. Também
foram encontrados produtos falsificados e deteriorados. Mais de 300
quilos de comida tiveram que ser jogados fora. A loja comercializa
diversos tipos de queijo e laticínios. O proprietário não estava
presente no local no momento da fiscalização.
No setor de venda de ovos do Ceasa, conhecido como Casa Ovos,
funcionavam nove estabelecimentos. Oito deles apresentaram
irregularidades no processo de venda do produto. De acordo com a
Vigilância Sanitária e a Adagro, os ovos precisam sair embalados da
granja, com data de validade, origem do alimento e selo de inspeção
federal. Por conta de irregularidades, centenas de caixas de ovos foram
apreendidas e jogadas no caminhão da Empresa de Limpeza e Manutenção
Urbana (Emlurb).
Os comerciantes ficaram indignados com a apreensão dos alimentos e
acreditam que os produtos não eram impróprios ao consumo. Eles
informaram que os ovos eram do dia e estavam com nota fiscal. Os
comerciantes também alegaram que não haviam recebido da Adagro as
orientações para embalar os ovos. Um dos comerciantes informou que teve
um prejuízo de R$ 40 mil com os ovos, que foram jogados fora.