O presidente americano, Barack Obama, pediu nesta terça (27) que os
"drones" sejam controlados mais de perto, depois que um pequeno avião
não tripulado caiu na Casa Branca na segunda-feira, deflagrando um
alerta de segurança. Obama contou à rede CNN que o uso de "drones"
comerciais e recreativos, que agora podem ser comprados por apenas 40
dólares, não está "nem um pouco" regulado.
"Drones" como o quadricóptero DJI Phantom, modelo que caiu na
propriedade da Casa Branca, são em geral usados por fotógrafos amadores e
profissionais para coletar material aéreo em vídeo, mas as autoridades
temem que possam representar uma ameaça à segurança. "O 'drone' que
aterrissou na Casa Branca você compra na Radio Shack [loja de produtos
eletrônicos nos EUA]", disse Obama.
O presidente citou a gigante on-line Amazon como uma das companhias que
avaliam o uso comercial dos drones, incluindo a entrega das
encomendas. "Há funções incrivelmente úteis nos 'drones', como para os
agricultores que administram grãos e os ecologistas que querem controlar
a existência da vida selvagem", comentou. "Mas não temos nenhum tipo de
estrutura regulatória para eles", completou Obama.
"Assim, encarreguei algumas das agências relevantes que comecem a falar
com acionistas para buscar uma maneira de aplicar uma estrutura que
assegure que essas coisas não sejam perigosas e não estejam violando a
privacidade das pessoas", informou.
De acordo com as autoridades, o piloto do "drone" que caiu na Casa
Branca trabalha para a Agência Nacional de Inteligência Geoespacial
(NGA). Esse órgão fornece imagens e análises vitais para agências de
Inteligência civis e militares. A NGA confirmou que um de seus
funcionários foi interrogado pelo Serviço Secreto.
"O funcionário estava em seu tempo livre e não está envolvido no
trabalho ligado a 'drones', ou veículos aéreos não tripulados de
qualquer tipo na NGA", explicou a agência.