Após recebermos denuncias de péssimas condições de trabalho na Unidade Mista de Saúde da praia de Ponta de Pedras, resolvemos ir até a localidade para ver de perto a real situação das instalações e do atendimento da unidade.
Ao chegarmos no local fomos recebidos pela Srª. Rute (Gerente da Unidade) e ela nos confirmou algumas informações.
Diante das fortes chuvas, funcionários tiveram que se deslocar para outro prédio onde pudessem continuar a prestar os serviços de saúde para a população local, a necessidade deu-se diante das consequências que as chuvas trouxeram, como: Alagamento, presença de insetos e infiltração de água na rede elétrica.
Chegando ao novo local de trabalho, um Posto de Saúde da Família, depararam-se com um cenário onde não dava sequer as menores condições de se fazer um atendimento básico a população, pois não haviam macas, suportes para soro fisiológicos, água potável, entre outros.
Acionada a equipe de dedetização para realizar um trabalho de expulsar insetos da Unidade Mista, apareceram centenas de baratas, ratos e escorpiões, o que deixou os funcionários assustados com a situação.
Diante de todos esses problemas a serem enfrentados, a gerente da unidade nos relatou que recebeu a visita do secretário de obras do município e o mesmo se comprometeu em resolver a situação da unidade, e falou que iria deslocar novamente a unidade para uma nova residência, porém não especificou onde seria e nem estabeleceu uma data para que as obras fossem realizadas, segundo a gerente da unidade.
Ainda em Ponta de Pedras, recebemos denuncias sobre o atendimento da Unidade Mista, o Sr. Joélito Souza nos relatou que sofreu um acidente de moto na madrugada da ultima sexta feira, (25), ao procurar atendimento de primeiros socorros na unidade o mesmo se deparou com uma situação inusitada, todos os funcionários que deveriam prestar plantão estavam dormindo, o mesmo procurou atendimento em outros postos de saúde da região e no hospital Belarmino Correia, mais só veio conseguir atendimento 8 horas após o acidente, falou também que não conseguiu até o momento a medicação para seu tratamento, que já procurou em diversos postos e em nenhum local encontrou a medicação e nem sequer recebe informações de onde possa encontra-la.
Em seguida voltamos a unidade para saber da Gerente o porque da dificuldade em atender esse paciente, perguntamos também se ela tinha o conhecimento que funcionários dormiam no horário de expediente, e sobre a questão da farmácia que a poucos instantes ela havia relatado que havia triplicado o numero de medicamentos e não havia sido liberado nenhum remédio para o paciente.