Desafio do polo vidreiro é capacitação


A baixa qualificação da mão de obra continua sendo um desafio para as empresas instaladas nos polos produtivos do Estado. Com foco no polo vidreiro, no município de Goiana, a Associação das Empresas do Polo Pernambuco-Paraíba (AEP) quer introduzir uma disciplina de formação e qualificação de vidraceiros nos cursos técnicos da rede estadual, a pedido das empresas instaladas na região, lideradas pela Vivix Vidros Planos. A proposta está sendo avaliada pela Secretaria de Educação estadual. 

A AEP representa cerca de dez empresas associadas na região da Mata Norte, entre municípios próximos à fronteira dos estados de Pernambuco e Paraíba, incluindo a Vivix, a Hemobrás, a Ambev e a Jeep. No caso das companhias que trabalham com vidro, a diretora executiva da entidade, Margarete Bezerra Cavalcanti, diz que, mesmo com o curso oferecido pelo Senai para preparar profissionais do segmento, iniciado em maio, as em­presas ainda reclamam da escassez de trabalhadores capacitados. “Há uma demanda alta por trabalhadores de áreas específicas como a química, além de outras atividades”, detalhou. Atualmente, cerca de 400 pessoas trabalham na Vivix. A perspectiva é de cerca de 1,5 mil empregos indiretos, com a instalação de mais seis empresas do ramo. 

Em reunião com o secretário de Educação, Frederico Amâncio, a AEP se comprometeu a realizar um levantamento das necessidades das empresas, para que possam ser oferecidas capacitações customizadas, que garantam o aproveitamento dos trabalhadores pernambucanos nas vagas. Do lado do Governo, o secretário executivo de educação profissional da secretaria de Educação, Paulo Du­tra, estuda capacitações específicas para suprir a demanda da região. Ele ressaltou os investimentos atuais em novas escolas técnicas, onde as propostas das empresas poderão ser incorporadas. “Temos uma unidade em Goiana, já em funcionamento, e duas em construção em Igarassu e Abreu e Lima. O investimento em cada unidade chega a R$ 10 milhões”, assinalou.

Atualmente, o Estado oferece 35 cursos técnicos em 60 polos de ensino. Cada escola atende, em média, 1,5 mil estudantes. Para fazer os cursos é preciso ser aprovado nas seleções, que acontecem sempre no começo e no meio do ano. Entre os meses de junho e julho, os interessados já poderão concorrer à uma vaga na rede estadual de Ensino Técnico.

Postar um comentário

Seu comentário será submetido a análise, se aprovador estaremos publicando-o em breve.

Postagem Anterior Próxima Postagem
Responsive Advertisementjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjj