Governo de PE propõe 'salvamento' do Pacto Pela Vida através de parcerias com cidades do Grande Recife


Os resultados decrescentes do programa Pacto Pela Vida em Pernambuco motivaram uma reunião com 13 prefeitos de cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR) na tarde desta segunda-feira (13), no Palácio do Campo das Princesas, sede da administração estadual. Convocado pelo governador Paulo Câmara (PSB), o encontro teve o objetivo de buscar, através de parcerias com os municípios, alternativas para conter os números da violência no estado.


"Quero dar todo o apoio e cobertura necessários para que a gente possa ter condições de atuar incisivamente num tema que preocupa em demasia a população de Pernambuco", frisou o governador de Pernambuco. Somando 13% a mais de crimes no estado em 2016, em relação ao ano anterior, Câmara acredita que as ações integradas com os municípios e com as secretarias estaduais podem minimizar as ocorrências e proporcionar mais segurança a quem vive no estado.

"Conversamos sobre um amplo diagnóstico. Há delegacias que vão receber policiais que vão cumprir jornadas de fim de semana com os concursos das polícias Civil e Científica, por exemplo. Não há uma política pontual, há políticas diárias. Os municípios sabem que precisam atuar na prevenção e na repressão da violência. Tenho a convicção de que conseguimos avançar fazendo parcerias consistentes com as cidades", alega.

"O Pacto Pela Vida sofre modificações a cada momento. As prefeituras devem adotar medidas referentes a fechamento de bares, de eventos esportivos e de iluminação pública, por exemplo. Com a aderência dos prefeitos ao Pacto, vamos poder trabalhar de forma integrada", explicou o secretário de Defesa Social, Angelo Gioia.

Apesar de defender as mudanças nos municípios, Gioia explicou que a proposta diz respeito à identificação de problemas para conter a criminalidade. "A questão não é ser refém da violência. A questão é detectar onde está o problema e saber que tipo de política pública deve se fazer para facilitar o enfrentamento à criminalidade para conter a violência. As prefeituras são agentes atuantes nesse processo, junto com o estado e a União", afirmou o secretário.

Apesar de ter convocado os prefeitos dos municípios da RMR, o prefeito de Camaragibe, Meira (PTB), explicou que o encontro não teve o objetivo de repassar as responsabilidades para os municípios, mas sim de somar forças nas esferas estadual e municipal para combater a violência. "O governador não tirou a responsabilidade do estado, mas pediu ajuda dos prefeitos para que todos possam fazer a sua parte", explicou. Ainda de acordo com o titular da prefeitura de Camaragibe, geração de emprego e de mão de obra qualificada também estão na lista de ações de prevenção à criminalidade.

Além dos representantes das administrações municipais, estiveram presentes o secretários de Defesa Social, Angelo Gioia, de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, de Planejamento, Márcio Stefanni, e da Mulher, Silvia Cordeiro. Os comandantes da Polícia Militar e dos Bombeiros, Carlos D'Albuquerque e Manoel Cunha, respectivamente, também participaram da reunião.

Impasse com a PM

Aprovado pelas comissões da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o Projeto de Lei (PL) que propõe aumento salarial entre 25% e 40% foi citado por Paulo Câmara como um dos pontos que buscam reforçar a segurança do estado através da valorização salarial da categoria. "Demos um passo importante com esse PL, pois ele mostra claramente a nossa intenção de valorizar o policial e o bombeiro militar. Esse é um esforço financeiro que poucos estados têm condição de fazer", pontuou o governador.

Diante das inúmeras reclamações da categoria, Câmara sinalizou, ainda, que não está aberto ao debate que vem sendo proposto pelas associações que representam os profissionais. "Não vou politizar esse debate, porque é muito sério. A oposição tem que ter consciência disso. É um projeto do bem, em favor da segurança pública de Pernambuco, e vai de encontro à valorização da polícia", garantiu.

Na manhã desta segunda (13), policiais e bombeiros militares estiveram reunidos em frente à Alepe para acompanhar a votação do Projeto de Lei que propõe correção salarial à categoria. Os profissionais começaram a se reunir no início da manhã. Por volta das 10h, a área da Rua da União, que dá acesso aos portões da parte de trás da Casa Joaquim Nabuco e ao prédio anexo, estava repleta. O ato foi finalizado às 15h.
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