Governador disse que articulação do auxiliar ministerial Ricardo Barros é "equivocada", não tem transparência e "não contribui para o debate".
A articulação do ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), de construir uma fábrica de hemoderivados em Maringá, no Paraná, e a ameaça de esvaziamento da unidade em Pernambuco gerou reação do governador Paulo Câmara (PSB). Segundo o gestor, a condução do caso pelo auxiliar ministerial é "equivocada", não tem transparência e "não contribui para o debate".
O gestor relatou que o Governo do Estado se articula com instâncias superiores para evitar que o assunto seja tratado nos moldes de Barros.
"Entendemos que a forma que o ministro está tocando isso é equivocada e não contribui para o debate. Não está sendo transparente. Vamos continuar trabalhando, alertando as instituições competentes. Já acionamos a Casa Civil do Governo Federal e não vamos admitir que uma coisa tão séria como a Hemobras seja tratada como está sendo pelo ministro da saúde", afirmou Paulo Câmara, após sanção ao projeto de lei que determina o piso salarial dos advogados em Pernambuco, nesta sexta-feira (11).
Paulo Câmara reforçou que seu governo está tocando articulações junto ao Governo Federal para tentar barrar a mudança pretendida pelo ministro Ricardo Barros. O vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, Raul Henry (PMDB), é o responsável direto pelas negociações em Brasília. O peemedebista já se manifestou publicamente sobre a obstinação do ministro da Saúde para promover a mudança e tenta arrumar um freio pelas instâncias superiores do Planalto.
"A gente tem acompanhado esse caso desde o início. A gente tem uma posição muito clara. Vamos defender os anseios e necessidades para que o polo da Hemobras em Goiana seja concluído, para que não haja nenhuma perda. A Hemobras é um patrimônio de Pernambuco e do Brasil e precisa ser finalizado", defendeu Câmara.
Fonte: Folha PE
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