Levantamento da Secretaria Estadual de Saúde compara dados de janeiro a 18 de agosto deste ano ao mesmo período de 2017. Nele a dengue saltou de 13.212 registros em 2017 para 15.683 em 2018
Aumento dos quadros de dengue, de zika e de gestantes com manchas vermelhas pelo corpo são os destaques do último boletim de monitoramento de arboviroses da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES). O levantamento, que compila dados de janeiro até o último dia 18 de agosto, aponta um aumento de 18,7% nos casos suspeitos de dengue em relação ao mesmo período do ano passado. São 15.683 quadros suspeitos de dengue agora contra 13.212 em 2017.
Com relação ao zika, o aumento foi discreto - 3,1% -, saindo de 611 no ano passado para 630 agora, mas demonstra a persistência do vírus, que foi relacionado a uma série de malformações fetais quando infecta gestantes. Sobre a notificação de grávidas com algum sintoma de dengue, zika ou chikungunya também é maior o número de mulheres triadas e acompanhadas. Em todo o ano de 2017, foram 239 casos investigadas com suspeita de alguma arboviroses. Nesses primeiros oito meses de 2018, já são 302 registros.
A gerente de Controle das Arboviroses do Estado, Claudenice Pontes, explica que o cenário das gestantes com exantema (manchas vermelhas pelo corpo), em 2017 registra uma queda no número geral de mulheres que decidiram engravidar e que isso pode ter impactado na menor quantidade de notificações entre esse público.
Outra questão, apontada por Claudenice Pontes, diz respeito ao refinamento da busca de grávidas com suspeita de arboviroses. “Agora estamos buscando informações nos maiores bancos possíveis. Hoje, para resgatar a gestante, a gente não usa só o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), que seria a de notificação de caso, mas estamos indo buscar também no gerenciador de ambiente do laboratório do Lacen. Todos os exames que entraram para fazer teste de dengue, chikungunya ou zika em que está assinalado como paciente gestante a gente está resgatando. Mudou a forma de triar, mas observamos que aumentou o número de gestantes”, explica. De todas as grávidas até agora acompanhadas não há nenhuma com detecção de microcefalia intraútero. Das 302, a maioria (57) teve resultado positivo para dengue, 14 para chikungunya e 10 foram reagentes para zika.
Assim como a dengue encabeça os casos confirmados de arboviroses entre as gestantes, também a doença tem tido maior incidência nas crianças. Entre os meninos e meninas de 0 a 9 anos, são cerca de quatro mil casos notificados para esse vírus. Nessa faixa etária são aproximadamente 177 casos para cada 100 mil habitantes, sendo a maior razão etária na população. “Temos observado, e isso já era esperado, que as pessoas que nasceram pós-período epidêmico são mais susceptíveis. Se observarmos a faixa etária que está aumentando, é de crianças menores de 9 anos, que não tiveram contato com a epidemia de 1998 e de 2002”, comenta.
Claudenice reforça que, por si só, as crianças já fazem parte de um grupo de risco, mas que o agravamento dos quadros depende das respostas imunológicas de cada indivíduo. No grupo de 10 até 19 anos, também é alta a incidência de dengue com razão 125 por 100 mil habitantes. Nesse recorte, há adolescentes que passaram e não passaram pelas epidemias. Até o momento não há a confirmação de morte infanto-juvenil por dengue. No Estado neste ano há apenas uma morte por arbovirose - que foi por dengue -, cuja vítima foi uma mulher de 53 anos. De forma global, há notificação de 52 óbitos suspeitos por arboviroses.
Com relação ao zika, o aumento foi discreto - 3,1% -, saindo de 611 no ano passado para 630 agora, mas demonstra a persistência do vírus, que foi relacionado a uma série de malformações fetais quando infecta gestantes. Sobre a notificação de grávidas com algum sintoma de dengue, zika ou chikungunya também é maior o número de mulheres triadas e acompanhadas. Em todo o ano de 2017, foram 239 casos investigadas com suspeita de alguma arboviroses. Nesses primeiros oito meses de 2018, já são 302 registros.
A gerente de Controle das Arboviroses do Estado, Claudenice Pontes, explica que o cenário das gestantes com exantema (manchas vermelhas pelo corpo), em 2017 registra uma queda no número geral de mulheres que decidiram engravidar e que isso pode ter impactado na menor quantidade de notificações entre esse público.
Outra questão, apontada por Claudenice Pontes, diz respeito ao refinamento da busca de grávidas com suspeita de arboviroses. “Agora estamos buscando informações nos maiores bancos possíveis. Hoje, para resgatar a gestante, a gente não usa só o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), que seria a de notificação de caso, mas estamos indo buscar também no gerenciador de ambiente do laboratório do Lacen. Todos os exames que entraram para fazer teste de dengue, chikungunya ou zika em que está assinalado como paciente gestante a gente está resgatando. Mudou a forma de triar, mas observamos que aumentou o número de gestantes”, explica. De todas as grávidas até agora acompanhadas não há nenhuma com detecção de microcefalia intraútero. Das 302, a maioria (57) teve resultado positivo para dengue, 14 para chikungunya e 10 foram reagentes para zika.
Assim como a dengue encabeça os casos confirmados de arboviroses entre as gestantes, também a doença tem tido maior incidência nas crianças. Entre os meninos e meninas de 0 a 9 anos, são cerca de quatro mil casos notificados para esse vírus. Nessa faixa etária são aproximadamente 177 casos para cada 100 mil habitantes, sendo a maior razão etária na população. “Temos observado, e isso já era esperado, que as pessoas que nasceram pós-período epidêmico são mais susceptíveis. Se observarmos a faixa etária que está aumentando, é de crianças menores de 9 anos, que não tiveram contato com a epidemia de 1998 e de 2002”, comenta.
Claudenice reforça que, por si só, as crianças já fazem parte de um grupo de risco, mas que o agravamento dos quadros depende das respostas imunológicas de cada indivíduo. No grupo de 10 até 19 anos, também é alta a incidência de dengue com razão 125 por 100 mil habitantes. Nesse recorte, há adolescentes que passaram e não passaram pelas epidemias. Até o momento não há a confirmação de morte infanto-juvenil por dengue. No Estado neste ano há apenas uma morte por arbovirose - que foi por dengue -, cuja vítima foi uma mulher de 53 anos. De forma global, há notificação de 52 óbitos suspeitos por arboviroses.
FONTE: FOLHA DE PERNAMBUCO
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