A ação foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (1º) pela Polícia Federal, em conjunto com a Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária em Pernambuco
Foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (1º) a ‘Operação Garoa’, com o intuito de combater crimes de fraude contra a Previdência Social. Executada pela Polícia Federal junto com a Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária em Pernambuco (NUINP-PE)e o apoio de cinco servidores da inteligência previdenciária, a ação deu cumprimento a oito mandados de busca e apreensão - expedidos pela 36ª Vara Federal no Recife/PE - nas cidades de Recife e do Paulista.
Pelo menos cinco servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sendo quatro homens e uma mulher, foram afastados de suas funções, tiveram as contas bancárias e os bens bloqueados, além de terem sido proibidos de sair do país. Segundo a delegada daDelegacia de Repressão contra Crimes Previdenciários, Cecília Torres, a fraude causou um prejuízo de R$ 1,7 milhão entre 2015 e 2017. "São pelo menos 85 benefícios fraudulentos que resultam em um prejuízo efetivo de R$ 1,7 milhão e estimado, caso não houvesse interferência policial, de R$ 12 milhões".
O INSS fará a revisão e os benefícios serão cancelados. Ninguém foi preso até o momento porque a PF optou pelo mandado de busca e apreensão, cumprido nas residências dos servidores envolvidos e em agências no INSS, em Olinda, no Recife e no Paulista.
Investigações
A suspeita da participação de servidores da Previdência começou a ser investigada em dezembro de 2017. A partir de então foram constatadas uma série de irregularidades em benefícios assistenciais concedidos na Agência de Previdência Social (APS), em Paulista. Dados de um relatório da agência mostrou que, em 2016, o órgão concedeu uma média de 19% de benefícios referentes ao Amparo Social ao Idoso, um percentual distante da média por agência que deveria ser de 3,21%.
Os benefícios do Amparo Social ao Idoso estavam sendo concedidos para pessoas com processos que continham documentos de identificação com fotos idênticas. As concessões eram transferidas entre diversas cidades e estados, fato incomum a esse tipo de benefício, uma vez que é característico a dificuldade de deslocamento dos idosos.
Na mesa de um dos servidores investigados também foram constatados processos concessórios da espécie de Amparo Social do Idoso. Em uma amostra analisada, pelo menos quarenta e três irregularidades como o cadastro de pagamento em instituições financeiras distantes, foram encontrados.
De acordo com a Polícia Federal, a ação revelou uma verdadeira organização criminosa especializada na prática de fraudes à Previdência Social, com atuação principal na Região Nordeste do país. Pessoas idosas fictícias eram criadas, utilizando o cadastro para obter benefício no INSS em contas bancárias também falsas. A investigação ainda deve prosseguir para identificar outros envolvidos e mais benefícios fraudados.
Os investigados podem responder pelos crimes de estelionato majorado, formação de quadrilha e inserção de dados falsos em sistema de informação, entre outros crimes. As penas somadas podem alcançar mais de vinte anos de prisão.
FONTE: FOLHA PE

Foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (1º) a ‘Operação Garoa’, com o intuito de combater crimes de fraude contra a Previdência Social. Executada pela Polícia Federal junto com a Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária em Pernambuco (NUINP-PE)e o apoio de cinco servidores da inteligência previdenciária, a ação deu cumprimento a oito mandados de busca e apreensão - expedidos pela 36ª Vara Federal no Recife/PE - nas cidades de Recife e do Paulista.
Pelo menos cinco servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sendo quatro homens e uma mulher, foram afastados de suas funções, tiveram as contas bancárias e os bens bloqueados, além de terem sido proibidos de sair do país. Segundo a delegada daDelegacia de Repressão contra Crimes Previdenciários, Cecília Torres, a fraude causou um prejuízo de R$ 1,7 milhão entre 2015 e 2017. "São pelo menos 85 benefícios fraudulentos que resultam em um prejuízo efetivo de R$ 1,7 milhão e estimado, caso não houvesse interferência policial, de R$ 12 milhões".
O INSS fará a revisão e os benefícios serão cancelados. Ninguém foi preso até o momento porque a PF optou pelo mandado de busca e apreensão, cumprido nas residências dos servidores envolvidos e em agências no INSS, em Olinda, no Recife e no Paulista.
Investigações
A suspeita da participação de servidores da Previdência começou a ser investigada em dezembro de 2017. A partir de então foram constatadas uma série de irregularidades em benefícios assistenciais concedidos na Agência de Previdência Social (APS), em Paulista. Dados de um relatório da agência mostrou que, em 2016, o órgão concedeu uma média de 19% de benefícios referentes ao Amparo Social ao Idoso, um percentual distante da média por agência que deveria ser de 3,21%.
Os benefícios do Amparo Social ao Idoso estavam sendo concedidos para pessoas com processos que continham documentos de identificação com fotos idênticas. As concessões eram transferidas entre diversas cidades e estados, fato incomum a esse tipo de benefício, uma vez que é característico a dificuldade de deslocamento dos idosos.
Na mesa de um dos servidores investigados também foram constatados processos concessórios da espécie de Amparo Social do Idoso. Em uma amostra analisada, pelo menos quarenta e três irregularidades como o cadastro de pagamento em instituições financeiras distantes, foram encontrados.
De acordo com a Polícia Federal, a ação revelou uma verdadeira organização criminosa especializada na prática de fraudes à Previdência Social, com atuação principal na Região Nordeste do país. Pessoas idosas fictícias eram criadas, utilizando o cadastro para obter benefício no INSS em contas bancárias também falsas. A investigação ainda deve prosseguir para identificar outros envolvidos e mais benefícios fraudados.
Os investigados podem responder pelos crimes de estelionato majorado, formação de quadrilha e inserção de dados falsos em sistema de informação, entre outros crimes. As penas somadas podem alcançar mais de vinte anos de prisão.
FONTE: FOLHA PE
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