As prateleiras para os tipos de sangue A positivo e O negativo estavam zeradas nesta quarta-feira (28). Doadores estão sendo convocados
Nenhuma das agências transfusionais de hospitais estaduais, localizados na Região Metropolitana, recebeu bolsa de sangue nesta quarta-feira (28) para cirurgias eletivas (pré-agendadas). O sangue para transfusões só estava sendo liberado para situações de emergência. O motivo: o estoque crítico em que se encontra o Hemope do Recife.
Para se ter uma noção, as prateleiras para os tipos A positivo e O negativo estavam zeradas. A situação fez a unidade começar a acionar doadores que já são fidelizados. Mas nem com eles será possível conseguir um estoque de segurança para os próximos dois meses, período em que tradicionalmente já acontece uma queda nas reservas de sangue devido aos feriados e férias. Por isso, a unidade pede a população sadia que tem entre 16 anos (com acompanhamento dos pais) até 69 anos que procure o setor para se candidatar a ser doador.
“A quantidade de estoque solicitada pelos hospitais é grande. Só o Hospital da Restauração utiliza mais de mil bolsas por mês. Diariamente, o Hemope abastece o estoque (das agências transfusionais) desses grandes hospitais. Para manter o atendimento a eles a gente precisa que haja um bom quantitativo de doadores. Esse momento atual acontece justamente por esse déficit de doadores”, disse a assistente social do Hemope do Recife, Rosilene Santana. Em média, de 20 a 30 bolsas de sangue por dia são direcionadas para as demandas de cada uma das 16 agências transfusionais dos maiores hospitais da RMR, em situações normais.
Cientes do baixo volume do estoque e o risco iminente de colapso, os hospitais têm orientado parentes de pacientes já internados ou prestes ao internamento para que façam doações. Muitos deles atenderem a esse chamado ontem, mas o quantitativo ainda ficou aquém do que deve ser uma rotina diária. Até às 15h, 296 pessoas aparecerem como candidatos à doação, mas o ideal eram pelo menos 350 ao dia. Entre os doadores que apareceram nesta quarta estava a funcionária pública Sharlene Noblat, 32 anos. O tio dela está hospitalizado, precisou de transfusão sanguínea há alguns dias e a unidade de saúde pediu que a família se mobilizasse para fazer doações. “Não vou poder doar diretamente para ele (tio), mas vou ajudar outras pessoas. É gratificante”, disse.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que as cirurgias eletivas estão ocorrendo de acordo com a programação. No entanto, pode ocorrer o reagendamento do procedimento eletivo (caso a caso), sem perigo ao paciente, devido ao baixo estoque de sangue.
A médica do Hemope, Edyla Almeida, explicou que é urgente o aumento no volume de doações, mas que ainda assim o estoque pode demorar alguns dias para sair do nível crítico. “Só depois de 36 horas da coleta é que o sangue está disponível, porque tem que passar por várias testagens ainda”, contou. A situação tem tirado o sono da família do menino Paulo Avelino Albuquerque, 7 anos, portador de uma doença rara no sangue e que precisa de transfusões a cada 20 dias. “Na última quinta-feira era para ele ter tomado duas bolsas, mas não tinha. Só uma. Tivemos que fazer uma campanha para conseguir doadores. Esta foi a primeira vez que faltou sangue para o meu filho”, lamentou a mãe de Paulo, a dona de casa Renata Albuquerque Virães, 32.
FONTE: FOLHA PE

Nenhuma das agências transfusionais de hospitais estaduais, localizados na Região Metropolitana, recebeu bolsa de sangue nesta quarta-feira (28) para cirurgias eletivas (pré-agendadas). O sangue para transfusões só estava sendo liberado para situações de emergência. O motivo: o estoque crítico em que se encontra o Hemope do Recife.
Para se ter uma noção, as prateleiras para os tipos A positivo e O negativo estavam zeradas. A situação fez a unidade começar a acionar doadores que já são fidelizados. Mas nem com eles será possível conseguir um estoque de segurança para os próximos dois meses, período em que tradicionalmente já acontece uma queda nas reservas de sangue devido aos feriados e férias. Por isso, a unidade pede a população sadia que tem entre 16 anos (com acompanhamento dos pais) até 69 anos que procure o setor para se candidatar a ser doador.
“A quantidade de estoque solicitada pelos hospitais é grande. Só o Hospital da Restauração utiliza mais de mil bolsas por mês. Diariamente, o Hemope abastece o estoque (das agências transfusionais) desses grandes hospitais. Para manter o atendimento a eles a gente precisa que haja um bom quantitativo de doadores. Esse momento atual acontece justamente por esse déficit de doadores”, disse a assistente social do Hemope do Recife, Rosilene Santana. Em média, de 20 a 30 bolsas de sangue por dia são direcionadas para as demandas de cada uma das 16 agências transfusionais dos maiores hospitais da RMR, em situações normais.
Cientes do baixo volume do estoque e o risco iminente de colapso, os hospitais têm orientado parentes de pacientes já internados ou prestes ao internamento para que façam doações. Muitos deles atenderem a esse chamado ontem, mas o quantitativo ainda ficou aquém do que deve ser uma rotina diária. Até às 15h, 296 pessoas aparecerem como candidatos à doação, mas o ideal eram pelo menos 350 ao dia. Entre os doadores que apareceram nesta quarta estava a funcionária pública Sharlene Noblat, 32 anos. O tio dela está hospitalizado, precisou de transfusão sanguínea há alguns dias e a unidade de saúde pediu que a família se mobilizasse para fazer doações. “Não vou poder doar diretamente para ele (tio), mas vou ajudar outras pessoas. É gratificante”, disse.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que as cirurgias eletivas estão ocorrendo de acordo com a programação. No entanto, pode ocorrer o reagendamento do procedimento eletivo (caso a caso), sem perigo ao paciente, devido ao baixo estoque de sangue.
A médica do Hemope, Edyla Almeida, explicou que é urgente o aumento no volume de doações, mas que ainda assim o estoque pode demorar alguns dias para sair do nível crítico. “Só depois de 36 horas da coleta é que o sangue está disponível, porque tem que passar por várias testagens ainda”, contou. A situação tem tirado o sono da família do menino Paulo Avelino Albuquerque, 7 anos, portador de uma doença rara no sangue e que precisa de transfusões a cada 20 dias. “Na última quinta-feira era para ele ter tomado duas bolsas, mas não tinha. Só uma. Tivemos que fazer uma campanha para conseguir doadores. Esta foi a primeira vez que faltou sangue para o meu filho”, lamentou a mãe de Paulo, a dona de casa Renata Albuquerque Virães, 32.
FONTE: FOLHA PE
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