Segundo a ANP, a produção da Rnest cresceu 5,5% nos dez primeiros meses deste ano, alcançando a marca de 24,3 milhões de barris no período
Mesmo com denúncias de superfaturamento e obras atrasadas que a deixam longe da sua capacidade total de produção, a Refinaria Abreu e Lima (Rnest) tem conseguido ampliar seu nível de refino. Dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) revelam que o processamento de petróleo cresceu 5,5% na refinaria pernambucana, alcançando o marco de 24,3 milhões de barris nos dez primeiros meses deste ano - número que leva a média da produção local ao maior nível dos últimos dois anos.
Segundo a Petrobras, a ampliação da produção se deve “à elevação da carga de destilação da refinaria, que aumentou 16% (+2 mil m³/dia) no último trimestre (agosto a outubro), frente ao realizado de janeiro a julho deste ano”. A estatal contou ainda que a medida foi tomada para absorver a alta do mercado de diesel e também para compensar a indisponibilidade de refino de uma das unidades de destilação da Refinaria de Paulínia (Replan), de São Paulo, que foi paralisada em alguns dias de agosto por conta de um incêndio.
O aumento ainda não reflete, portanto, as obras da Unidade de Abatimento de Emissões (Snox), que ampliariam a capacidade produtiva do empreendimento, mas tiveram a conclusão adiada novamente. “A Snox se encontra em fase avançada de construção, com prazo de conclusão previsto em julho de 2019”, informou a Petrobras, que, em março deste ano, estimava o início das operações da Snox para junho passado. A estatal não explicou o motivo do adiamento da construção, que foi reiniciada no ano passado após um hiato de quase três anos.
Por conta disso e da ausência do segundo trem de refino, que, segundo a petroleira, ainda não foi construído devido à falta de parcerias; a Refinaria Abreu e Lima segue longe da sua capacidade total de produção, de 230 mil barris de petróleo/dia. De acordo com a própria estatal, hoje esta capacidade está pela metade: 115 mil barris/dia. Mesmo assim, nem com a alta dos últimos meses, a Rnest conseguiu atingir esse montante: segundo a ANP, 2,6 milhões de barris de petróleo foram processados pelo empreendimento em outubro, o que significa pouco mais de 84 mil barris de petróleo/dia.
E a situação não parece prestes a mudar no curto prazo, pois encontrar parceiros para viabilizar a obra do segundo trem, que poderia resolver esse problema, continua difícil. Afinal, como foi antecipado pela Folha de Pernambuconesta semana, a Refinaria voltou à pauta do Tribunal de Contas da União (TCU) por conta dos indícios de superfaturamento apontados pela Operação Lava-Jato. O TCU chegou até a cobrar um sobrepreço de R$ 2 bilhões a ex-gestores da Petrobras, da Odebrecht e OAS. E o valor deve ser pago nos próximos 60 dias.
FONTE: FOLHA PE

Mesmo com denúncias de superfaturamento e obras atrasadas que a deixam longe da sua capacidade total de produção, a Refinaria Abreu e Lima (Rnest) tem conseguido ampliar seu nível de refino. Dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) revelam que o processamento de petróleo cresceu 5,5% na refinaria pernambucana, alcançando o marco de 24,3 milhões de barris nos dez primeiros meses deste ano - número que leva a média da produção local ao maior nível dos últimos dois anos.
Segundo a Petrobras, a ampliação da produção se deve “à elevação da carga de destilação da refinaria, que aumentou 16% (+2 mil m³/dia) no último trimestre (agosto a outubro), frente ao realizado de janeiro a julho deste ano”. A estatal contou ainda que a medida foi tomada para absorver a alta do mercado de diesel e também para compensar a indisponibilidade de refino de uma das unidades de destilação da Refinaria de Paulínia (Replan), de São Paulo, que foi paralisada em alguns dias de agosto por conta de um incêndio.
O aumento ainda não reflete, portanto, as obras da Unidade de Abatimento de Emissões (Snox), que ampliariam a capacidade produtiva do empreendimento, mas tiveram a conclusão adiada novamente. “A Snox se encontra em fase avançada de construção, com prazo de conclusão previsto em julho de 2019”, informou a Petrobras, que, em março deste ano, estimava o início das operações da Snox para junho passado. A estatal não explicou o motivo do adiamento da construção, que foi reiniciada no ano passado após um hiato de quase três anos.
Por conta disso e da ausência do segundo trem de refino, que, segundo a petroleira, ainda não foi construído devido à falta de parcerias; a Refinaria Abreu e Lima segue longe da sua capacidade total de produção, de 230 mil barris de petróleo/dia. De acordo com a própria estatal, hoje esta capacidade está pela metade: 115 mil barris/dia. Mesmo assim, nem com a alta dos últimos meses, a Rnest conseguiu atingir esse montante: segundo a ANP, 2,6 milhões de barris de petróleo foram processados pelo empreendimento em outubro, o que significa pouco mais de 84 mil barris de petróleo/dia.
E a situação não parece prestes a mudar no curto prazo, pois encontrar parceiros para viabilizar a obra do segundo trem, que poderia resolver esse problema, continua difícil. Afinal, como foi antecipado pela Folha de Pernambuconesta semana, a Refinaria voltou à pauta do Tribunal de Contas da União (TCU) por conta dos indícios de superfaturamento apontados pela Operação Lava-Jato. O TCU chegou até a cobrar um sobrepreço de R$ 2 bilhões a ex-gestores da Petrobras, da Odebrecht e OAS. E o valor deve ser pago nos próximos 60 dias.
FONTE: FOLHA PE
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