O deputado federal eleito Túlio Gadêlha (PDT) se disse surpreso com o também deputado eleito Alexandre Frota (PSL), que o abordou em sua mesa durante o café da manhã, em Brasília, para pedir desculpas pessoalmente. Antes mesmo de assumirem o mandato na Câmara Federal, Túlio protocolou uma ação e uma representação contra Frota, por conta de comentários que teriam cunho de xenofobia contra pernambucanos. Na ação, Túlio pede apuração à conduta de Frota e instalação de ação penal pública incondicionada.
"Fui pego de surpresa, quando ele pediu licença, sentou à mesa e perguntouse eu tinha alguma coisa contra ele. Eu respondi que de forma alguma, que no campo pessoal não tinha nada contra ele. E aí ele foi falando que talvez tivesse cometido algum excesso nas declarações dele e me pediu desculpas", relatou Gadêlha.
Segundo o pedetista, o gesto de Frota foi bem recebido. "Eu ouvi tudo que ele tinha a dizer e, no final, elogiei a postura dele de tentar se aproximar para dialogar, até para que a gente possa manter essa relação fraterna. Nossas discordâncias são mais no campo político", disse.
Contudo, Túlio afirmou que não pretende desistir das ações judiciais que moveucontra o colega de parlamento. "Nem a representação nem a interpelação judicial a gente vai retirar, vamos manter. Temos que separar as coisas. Tem o convívio pacífico na Câmara que pretendo ter, mas o que foi dito, foi dito", pontuou.
Em seu perfil do Instagram, Túlio elogiou o gesto de Frota. "Faltando 1 dia para iniciar os trabalhos na Câmara, no café da manhã do hotel, olha quem veio sentar ao meu lado para dialogar, mesmo que por poucos minutos. Fui surpreendido por um pedido de desculpas de Frota. Estamos em campos opostos mas não precisamos conviver com o ódio", postou.
Entenda o caso - Alexandre frota postou, em seu perfil, declaração afirmando que 'o Twitter é a rede que mais tem professores, estudiosos, cientistas e lacradores culturais', Frota foi surpreendido por um comentário: 'Também tem ator pornô que não paga a pensão do filho'. De forma pejorativa, respondeu: 'só podia ser de Pernambuco’. A publicação gerou revolta de pernambucanos e acarretou no processo movido por Túlio, por suposta prática de xenofobia.
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