Corpo de José Wilker é cremado no Rio de Janeiro

A cremação foi restrita a parentes e amigos
O corpo do ator e crítico de cinema José Wilker foi cremado no início da noite neste domingo (6), no Cemitério Memorial do Carmo, Zona Norte do Rio de Janeiro. A cremação foi restrita a parentes e amigos. O artista faleceu aos 67 anos em decorrência de um infarto. Diversos amigos e familiares se despediram do ator.

Vários e colegas da classe artística foram ao velório de Wilker, que varou a madrugada deste domingo e foi até por volta das 15h deste domingo no Teatro Ipanema.

Abalada, a atriz Natália do Vale, que protagonizou com Wilker "Final Feliz", mal conseguiu falar com a imprensa
De madrugada, passaram pelo teatro os atores Tony Ramos, Marcelo Serrado, Xuxa Lopes, Andrea Beltrão, Marieta Severo, José Mayer, Othon Bastos, Paulo Betti, Letícia Sabatella, Vera Holtz, Camila Morgado, Susana Vieira e Malu Mader, acompanhada do marido, o músico Tony Bellotto. Também estiveram no velório o autor de novelas Gilberto Braga e o teatrólogo Aderbal Freire Filho.

De manhã cedo, por volta de 9h, o movimento foi grande na calçada em frente ao teatro. A movimentação de fãs e curiosos, sempre de celulares e câmeras digitais em punho para fotografar atores famosos, chegou a atrapalhar o trânsito na Rua Prudente de Moraes, no domingo de sol em Ipanema.

A atriz Ana Rosa acompanhou a última homenagem a José Wilker no Cemitério Memorial do Carmo
Nascido no dia 20 de agosto de 1946, em Juazeiro do Norte, José Wilker de Almeida se mudou com a família ainda criança para o Recife. Com 13 anos de idade, conquistou o seu primeiro trabalho como figurante no teleteatro da TV Rádio Clube, do Recife. Sua mãe, Raimunda era dona de casa e o pai, Severino, caixeiro viajante.

A carreira no teatro começou no Moviemento de Cultura Popular (MCP) do Partido Comunista, no qual dirigiu espetáculos pelo sertão e realizou documentários sobre cultura popular. Já em 1967, Wilker se mudou para o Rio de Janeiro. Ele iniciou os estudos em Sociologia na PUC, mas desistiu do curso para se dedicar somente ao teatro.

A última aparição de Wilker na TV foi em "Amor à vida"
Na TV ele interpretou seu primeiro papel principal em 1975 como Mundinho Falcão em "Gabriela", adaptação de Walter George Durst, do romance de Jorge Amado.

Seu personagem mais marcante na TV foi em 1985 como Roque Santeiro, na novela global de mesmo nome. O folhetim teve alto índice de audiência por ser uma sátira política com doses altas de críticas religiosas. Após o sucesso, Wilker foi para a Manchete, onde atuou e dirigiu duas novelas e voltou para a Globo. Dentre outros papeis importantes, viveu personagem homossexual na na novela 'Desejos de Mulher', em 2002. Já em 2006, foi a vez de encarar uma grande autoridade, o presidente Juscelino Kubitschek na minissérie 'JK'. 

Wilker atuou em 29 novelas e 49 filmes. Sua última aparição na TV foi no folhetim da Rede Globo "Amor à vida", este ano, no qual interpretou o médico Herbert. No remake de "Gabriela", em 2012, Wilker fez grande sucesso como o Coronel Jesuíno. Ele também atuava como crítico de cinema e por diversas vezes transmitiu a cerimônia do Oscar.


Fonte: NE 10

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